Os parlamentares argentinos aprovaram, nesta
quarta-feira, a lei chamada de "morte digna", que permite ao paciente
terminal ou em estado irreversível rejeitar tratamentos médicos que
possam prolongar seu sofrimento ou "vida artificial", conectada aos
aparelhos. O texto, que já tinha sido aprovado em novembro pela Câmara dos Deputados teve aprovação por unanimidade pelos senadores.
A lei estabelece o "direito de
aceitar ou rejeitar determinados tratamentos médicos", dando a palavra
final ao paciente, que deve deixar por escrito uma autorização de
suspensão destes cuidados. Um familiar próximo do paciente também está
habilitado a autorizar o tratamento, nos casos em que a pessoa
hospitalizada não esteja consciente Na prática, os parlamentares modificaram a Lei sobre Direitos do Paciente.A aprovação da lei levou familiares de pacientes
terminais a comemorarem a decisão com aplausos e abraços nas galerias
do Senado argentino.
Entre os que comemoravam estava Selva Herbon,
que liderou uma campanha junto a políticos e órgãos públicos para que a
lei fosse aprovada. Ela é mãe de uma menina de três anos, Camila,
que mora num hospital de Buenos Aires e está inconsciente desde que
nasceu. Em entrevista à BBC Brasil, no ano passado, ela disse que a
"morte digna" se justificava para a filha, já que a bebe não tinha
reflexos ou qualquer forma de reação."Ela não chora, não ri, não sente nada mesmo
quando apenas toco sua pele. Camilla apenas cresce em uma cama de
hospital e conectada a aparelhos", disse na ocasião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário